Sempre fui

Sempre fui uma confusão de mim mesma, nunca consegui fazer sentido. Sou dessas que chora sem nem mesmo saber o motivo, e muitas vezes nem há um motivo de verdade. E nunca sei o que estou sentindo, até sei, mas nunca consigo explicar, e muitas vezes o que eu sinto me assusta e muito. Sempre fui muito medrosa, tenho medo de mim, do que sinto, do que penso, do que vejo. Há tantos sonhos em mim que nem mesmo consigo listá-los, só quero que um dia consiga realizar todos. Para mim não há nada mais gostoso que uma boa dose de felicidade, dessas que tiram o fôlego, que nos fazem querer cada vez mais, que nos deixam rindo a toa. Nada melhor que um coração acelerado, um beijo demorado, um amor intenso. Poder banhar na chuva sem se preocupar com um resfriado, sentir as gotas de água na pele e um sorriso nos olhos. Sou apaixonada pelas coisas simples, quase sem importância para alguns, como poder admirar as estrelas, observar a lua, andar por aí sem destino, sorrir sem nenhum motivo. Também gosto de ser conquistada, a cada dia uma nova conquista, um novo sentimento, cada vez mais forte. Gosto da espontaneidade, da simplicidade, de sentir e ser feliz, por mais que sinta medo de perder tudo isso, mas o que seria da vida sem nossos bobos medos? Gosto de amar, assim da forma que amo, como se não houvesse amanhã, tanto amor que o coração chega a doer, que os ciúmes afloram e as descobertas são cada vez mais constantes e encantadoras. Amar é algo divino, por mais assustador que seja. Enfim, gosto de viver, por mais complicado que pareça, a cada dia que passa uma nova descoberta, um novo sorriso, um novo motivo. 

Deixar os medos de lado e sentir, sentir de verdade.

                                                           ( Leontyna Santos )

Fotografia: Jéssica Cunha

Modelo: Bruna dos Anjos

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